segunda-feira, 30 de junho de 2014

Sexto dia e último dia em Tóquio: 25 de junho, quarta-feira

Este foi o ultimo dia em Tóquio, e a vontade de ir embora era bem pouca; ainda tanto pra ver e viver... No metrô, mais um pouquinho de observação: no cartaz abaixo, menção à Marubeni, empresa com que meu pai tem contato no trabalho (e uma das únicas informações que entendi :P ). 


Nesta foto das pessoas indo trabalhar, um exemplo de algo que vem se tornando bem comum aqui, segundo me contaram: estrangeiros que vêm morar e trabalhar (pelo modo de vestir e de agir no metrô, dá pra perceber que não são turistas).


Outras imagens interessantes: aqui muitos homens usam bolsas que, no Brasil, podem ser consideradas "de mulher"; achei chique e moderno.


Não parece personagem de desenho?


Olha o estilo dos rapazes (e a bolsa também).


Na saída do metrô, no bairro de Marunochi (cheio de prédios de grandes empresas), um mapa - e, novamente, só as proibições estão em inglês. Leia-se: "você não precisa sair do lugar, fique aí e apenas não faça bobagem". 


Andando mais um pouco, "museu das comunicações" - ah, então está aí a explicação... enfiaram as comunicação no museu, por isso que não dá para entender nada... :-P (desculpem se estou ficando rabugenta... mas a incomunicabilidade quase total também é uma experiência muito nova para mim, então estou tentando elaborar). 


Saímos à procura dos jardins do Palácio Imperial, logo ao lado, em Chyioda. Só é possível visitar o palácio em dois dias do ano, que são o Ano Novo e o aniversário do imperador; portanto, a ideia era ver o entorno e os jardins mesmo. Chegamos a uma das pontas, mais um jardim amplo e lindo na cidade - e aqui vai uma foto em homenagem ao meu amigo fotógrafo Alex Gaudêncio, o mestre dos reflexos: 


Entrando nos jardins, minha amiga descobriu um casal de paulistas. Conversamos um pouco e pedimos dicas de passeios; eles sugeriram que fizéssemos um tour em um ônibus aberto em cima, daqueles bem comuns em cidades turísticas, e que visitássemos o Teatro Kabuki-za. Assim, deixamos para ver o palácio depois, durante o tour, e fomos comprar a passagem no prédio da Mitsubishi. No caminho, outra foto-clichê-de-Tóquio, "o antigo X o moderno":


O tour foi muito legal, com passagem por partes bem modernas da cidade, como viadutos, pontes, vias expressas (mas só fiz fotos com a câmera). Porém, descobri que não haveria rota para o palácio, uma pena. Enfim, descemos no teatro Kabuki-za, em que há peças o dia todo, no estilo Kabuki, teatro tradicional japonês. A fachada já é uma atração:


É possível comprar entrada para ver apenas um pedaço da peça, se você aceitar ficar em pé, lá no fundo do teatro (a sala de espetáculos é enorme e altíssima, uns três ou quatro andares). Foi o que fizemos, pois a peça inteira durava em torno de três horas. Porém, me arrependi, pois gostei da experiência. Havia fones de ouvido com explicações em inglês, então eu poderia entender a história. E a movimentação dos personagens, os figurinos, as situações engraçadas me deram vontade de ver o espetáculo todo. Quem sabe quando estiver em Yokohama, que é perto, eu volte aqui...

Depois, fomos esperar o ônibus para continuar o tour. Paramos ao lado dessa sequência de bicicletas - alguém está vendo cadeado aí? 


O ônibus demorou, por causa da chuva. Quando chegou, a mocinha informou (via Google Translator!) que o passeio talvez fosse cancelado, por causa dos relâmpagos. Saltamos no prédio da Mitsubishi e fomos esperar a resolução da empresa dando uma volta pela área; atenção ao meu modelito japonês: saia, legging e tênis, com e casaco (que belezura :-P ).


Depois de muito procurar um restaurante, entre tantas opções, acabamos num indiano, bem bonito. Prato vegetariano muito bom, mas com muita pimenta (para mim)... 


Realmente, o tour foi cancelado :-( Como não estaríamos em Tóquio no dia seguinte, devolveram nosso dinheiro (todo!). A parada seguinte foi o bairro de Akihaabara, distrito de eletrônicos e bugigangas, o Saara do Japão. Muitas lojas entulhadas, letreiros estranhos, muita gente andando. 


Esse lugar também é famoso pelas figuras exóticas que andam fantasiadas; fiz umas fotos com a câmera. Existe também um serviço, digamos, "exótico" (mas acho que não tem a ver com prostituição, antes que façam a inferência): umas meninas bem jovens se vestem de "empregadas" e, segundo cartazes, servem de garçonetes particulares, algo assim. Elas ficavam distribuindo folhetos na rua e, quando tentávamos fotografá-las, se viravam rapidamente, eram espertas. Uma foto em que as roupas lembram as delas - mas que coisa estranha, né... melhor nem saber o que é :-P 


Em seguida, fizemos uma caminhada longa em busca da Universidade da ONU e, depois, da Embaixada do Brasil, pelas ruas de Shibuya. Havia muitos prédios grandes e esculturas estranhas. 




Custamos a achar a embaixada do Brasil, escondida em uma ruazinha transversal. No caminho, canteiros arrumadinhos à beira de uma avenida larga:


Para encerrar o dia como comecei, cenas no metrô: o estilo do moço e a escada rolante-caleidoscópio:



4 comentários:

  1. O Japão tão arrumadinho, tem algumas bizarrices. Li que jovens executivos compram mangás eróticos, que eles lêem a caminho do trabalho (provavelmente dentro da Piauí deles), e jogam fora antes de saírem do metrô. As latas de lixo próximas ás saídas ficam cheias desses mangás. Tem também as secundaristas que, depois da aula, ficam próximas ao equivalente da Av. Paulista de Tóquio (não me pergunte onde é); ali recebem atenção de jovens executivos, a quem permitem que lhes façam companhia na lanchonete em troca de Perfumes franceses e pequenas jóias. Tudo platônico (dizem), tudo com a anuência dos pais das moças, que não questionam a origem dos agrados. Será que é verdade?????? Em Tóquio, ficaria curioso em flagrar essas coisas. Vai ver que eu é que tenho mente bizarra, kkkkkkk. Estou adorando os relatos.

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  2. Valeu Bi pela foto da Marubeni que atualmente é a trading japonesa que mais compra café da Unicafe. Você citou em algum lugar a Mitsubishi que também já comprou muito café da empresa como também a Sumitomo. Como torrador de café, vendemos também para a UCC (Ueshima Coffee Co.) Para quem lê esses comentários, a empresa em que trabalho exporta café em grão verde.
    Beijos. Pai,

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  3. Tava devendo um oi. Muito bom o seu diário eu não conseguia acompanhar os textos. Quando terminava 1 já tinha outros 2 :) Só hj pude recuperar o tempo perdido. Aproveita q VC escreve sobre as curiosidades e faz um texto sobre as semelhanças. Tenta responder pq um povo tao diferente escolheu o Brasil como lar.

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  4. O teatro Kabuki é muito legal, já tive a oportunidade de ver algumas apresentações via NHK (não entendendo muito bem), mas pelo Youtube é possível ver algumas coisas que possuem legendas. O Kabuki é tão forte, que é comum vermos várias bandas japonesas que possuem o estilo inspirados nele, inclusive fazendo moda e se espalhando pelo mundo.

    Continuo acompanhando e me compadecendo do seu desespero por comunicação hahaha, imagino que não tenha sido fácil pra você ;)

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