sábado, 28 de junho de 2014

Quarto dia em Tóquio: 23 de junho, segunda-feira

Depois da jornada do domingo, acabamos saindo mais tarde na segunda; por isso, pegamos uma fila enorme na Skytree, a torre mais alta de Tóquio (634 metros). Mas o atendimento não para, então nem demoramos tanto a entrar. É possível ir a 350 e a 450 metros; ficamos no primeiro estágio apenas, o que já é suficiente para ter uma vista incrível da cidade. Se o tempo estivesse aberto, conseguiríamos ver até o Monte Fuji, mas isso não aconteceu. Uma amostra da vista, com parte do rio Sumida: 



No térreo, há um complexo de lojas, restaurantes e mercados. Aproveitamos para fazer como os japoneses: comprar "bentô" (marmita) e almoçar em um dos espaços livres do prédio, como fazem as pessoas nos dias de trabalho. Olha a minha aqui! Lembrei bem dos meus coroas: pai, marmita! Mãe, arroz com ovo! :-D
 


Depois, seguimos para o bairro de Ryogoku, onde fica um espaço de treinamento dos lutadores de sumô. Minha amiga queria vê-los e tirar foto com eles, mas só conseguiu flagrar um na saída do metrô. Rodamos pela região, bem mais calma que Shinjuku; ali verifiquei o que já tinha reparado: parece que todas as calçadas da cidade têm piso tátil, aquelas faixas e bolinhas em alto relevo que fazem a sinalização para deficientes visuais. Além disso, o meio-fio é sempre baixo, e não há buracos ou irregularidades nas calçadas. Mesmo com todo o agito e o excesso de gente, acho que Tóquio é uma cidade amistosa para o portador de necessidades especiais. 

Terminamos a caminhada do dia em Roppongi, um distrito agitado, com grande concentração de gringos: 


Primeiro, vimos uma exposição de fotos e equipamentos em um espaço da Fuji, tipo museu! Legal! Depois, andamos mais um tanto e pegamos uma mesinha em um café, bem de frente para a rua. Ali fiquei fotografando os passantes com a tele, na câmera, mas, como já era quase noite, o resultado não foi tão bom. Sobre o café, duas esquisitices: pedi uma bebida chamada "tapioca" (?!), sabor cacau. Parecia ser com leite e tinha umas bolinhas meio moles no fundo do copo, da cor de chocolate. Era bom, mas não entendi nada. Outra coisa foi o acesso à internet: quando pedi a senha do wi-fi, o atendente disse que a permissão era só pra japoneses. Oi?! Cuma? Não entendi nada 2... Gringo aqui não tem disfarce mesmo, está na testa (ou nos olhos) que você não é nativo. Só se safam os descendentes (mas aí a cobrança pra eles é bem maior: "como é que você tem cara de japonês e não fala/entende/age como um?!").

Já à noite, voltando para o hotel, peguei este flagra no metrô - não é significativo? ;)


2 comentários:

  1. Você está confirmando a impressão que eu tenho do Japão: TUDO funciona BEM, TUDO está arrumado, ou está sendo arrumado e consertado. Que diferença da nossa cultura, onde os governantes adoram inaugurar coisas,e dois anos depois elas estão entregues ao capim. Até em nossas casas temos dificuldades culturais em manter tudo em ordem e funcionando. Imagino até que eles prezem mais pela ordenação das coisas públicas do que da porta para dentro. Quanto a aprender...

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  2. É, Fabi, acho que Wi-fi é coisa do passado mesmo - como disse um amigo seu em outro post . Mas não entendi ainda sua admiração em relação às pessoas no metrô. No Rio, as pessoas ficam com a cara enfiada nos celulares e tablets também, c'est la même chose. Mesmo com a conexão de internet sendo uma bostinha, os brasileiros tentam, tentam e tentam o acesso o tempo todo. Agora, eu senti muita diferença em relação ao comportamento dos indivíduos no metrô em Paris. Aqui no Rio é um roça-roça irritante. Temos mesmo muito que aprender...

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