quarta-feira, 25 de junho de 2014

Segundo dia em Tóquio - 21 de junho, sábado

Antes de começar, obrigada a quem está lendo e comentando o blog! Não estou conseguindo responder a todos os comentários, porque a internet não ajuda, mas estou acompanhando a movimentação ;-)

Outras duas observações. A primeira é: as fotos que estou postando estão sendo tiradas com o tablet mesmo; portanto, são apenas registros da viagem. As fotos "oficiais", com alguma pretensão "artística", estão na câmera e só devem ser baixadas no Brasil. A segunda é uma advertência: esta postagem, em um certo momento, poderá provocar lágrimas, sobretudo na família...

O sábado começou meio confuso, para achar o caminho certo e o metrô (é um arco-íris de linhas, tudo em japonês; enlouquecedor). Nisso é preciso mencionar a paciência da minha amiga com minha absoluta falta de senso de direção e, como se não bastasse, minha irritação com esse meu defeito; não sou mole não. Enfim, uma cena urbana inusitada na saída da estação Tóquio - uma obra cercada por... coelhinhos?!



Andamos quilômetros meio a esmo e perguntamos pra gente que não fala inglês, mas pensa que fala (não entendo essa pronúncia!). As ruas não têm nome tão visível, o mapa não ajuda - não sei ler mapa - o GPS não mostrava toda a região.... aaaahhh! Grrrr! Nihon, gosto muito de você, mas tem coisas suas que me irritam. Para ilustrar: 


Por fim, chegamos na hora do almoço ao Tsukiji, o Mercado de peixe de Tóquio. Acho que o mercado em si já estava fechado, mas bastou, para nós, rodar nas barraquinhas em torno. Pensa a Uruguaiana, no Rio, ou a Visconde de Uruguai, em Niterói; agora tira o lixo, o cheiro de esgoto, a chance de ser assaltado, e troca os brasileiros pelo dobro de japas - é tipo isso. O mercado de peixe é... um mercado de peixe! Povo falando, anunciando os produtos, famílias passeando, gente comendo de um tudo e mais um monte de gororobas estranhas e irreconhecíveis. Se eu comi alguma? Lógico! A mais bizarra foram uns trequinhos que pareciam umas larvinhas. O gosto era normal, salgadinho, mas admito que comida com olho não é muito confortável. Para sentir o clima do mercado:



O almoço foi um espetinho de... de que mesmo? Lembro não, mas estava boooom... e tinha wasabi (raiz forte). Também comi hambúrguer de atum com molho de abacate - huuuuummm! Delícia! Por fim, sobre o mercado, fotinho para o pai: café do Brasil!



Dali, fomos a um templo budista bem próximo. Esta vai para meu amigo Ralph: na entrada, havia folhetos em japonês, inglês e... português! Estou levando um de presente, lembrei muito de você lá. Fiz o ritual de oferecer incenso, fazer reverência, bater palma etc. Templos religiosos em geral me agradam, pela atmosfera de paz. E esse, além disso, era bem bonito.
 


A parada seguinte foi o jardim Hama-rikyu, um parque que foi espaço de diversão dos xóguns e hoje é espaço público. Há lagos, pontes e casas de chá, além de ponto de saída de "ônibus aquáticos" que levam para um passeio no rio Sumida, mas o espaço é basicamente um jardim. Por isso, a chegada lá foi impactante, porque jardim me lembra meu vô Chico, e tudo lá me levava a pensar nele, em lhe contar sobre as hortênsias cor de rosa, os canteiros bem arrumados, as borboletas pretas estranhas, sobre um pássaro negro que grita de forma bem peculiar - lembrar ali o tempo todo que não vou poder dizer isso a ele foi difícil e me custou um bocado de lágrimas. Mas, enfim, andamos um bom tempo pelo parque, ouvindo as explicações em um audioguia. Um panorama (reparem o contraste entre os prédios e a natureza; isso é muito Tóquio):




Dentro do parque mesmo, pegamos o "ônibus aquático" e fizemos o passeio pelo rio, passando por baixo de 12 pontes. Foi interessante e rendeu boas fotos. Novamente me senti uma arara em extinção, quando um adolescente perguntou de onde eu era e pediu para tirar uma foto comigo... Já que é assim, também me animei a uma selfie então: 



Chegamos a Asakusa, outro lugar bem Tóquio-de-filme, com letreiros enormes e muito coloridos. Jantamos uma comida muuuuito boa em um restaurante bonitinho: 



Depois, demos uma volta no mercado em torno, até que minha amiga escutou português: brasileiros! Um descendente e esposa, mais tia e prima, pessoal do interior de São Paulo. Foi bom escutar nossa língua de novo, de outras pessoas! Pegamos algumas dicas e seguimos para outro templo, Senso-ji, apenas para fazer umas fotos, pois estava fechado (fotos na câmera, pois já estava escuro). Na saída, cenas das ruazinhas do lugar: 



Na janela, não uma namoradeira, mas um samurai!



O dia foi movimentado, mas ainda faltava uma parada: Shimokitazawa, bairro alternativo, com atrações musicais, ideal para a balada de sábado à noite. Hum... bom, essa era a expectativa... Vale relatar a ida: algumas trocas de estação do metrô e QUANTA GENTE! Não esvazia não, quase 22h e o povo todo na rua! Outro detalhe: coisa curiosa umas criaturas andando bêbadas... homens, garotos, garotas, trocando as pernas e sendo amparados por amigos. Isso não é no boteco não, é no metrô! Bem peculiar... rs!

Vimos várias lojas tipo brechó, demos uma rodada por ruazinhas com bares e restaurantes, até que nos atraiu uma casa de "crepe" e "tapioca" (!), que tinha internet grátis. Para encurtar, que esse post já está longo demais: o wi-fi era meia-boca e o crepe, servido em um cone de papel, tinha massa crua! Eca! Muito bizarro. Adoro comida japonesa, mas releitura de comida estrangeira por japoneses, hum... agora estou com um pé atrás. Registros da pretensa Lapa de Tóquio :P





Depois dessa night frustrada, voltamos para o hotel, eu morta, mas, ainda que com muitas emoções diferentes, feliz - afinal, é bom lembrar, estou no Japão ;-) 




7 comentários:

  1. Fabi, eu estou amando os relatos!
    Puxa, pensei que a net daí fosse legal... Eles não são super tecnológicos?
    E as lojas de cosméticos? Foi em alguma? Dizem que a Chanel daí é a melhor do mundo e tem as melhores pérolas e acessórios. VC foi em alguma?

    Bjocas e curta muito a viagem!!!!!

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  2. Ahhhh eu quero!!! Esse atum!!!!!! TRAZ NA MALA POR FAVOR!!!!
    Se no final da sua estadia sobrar dinheiro, pede um "Bôtô" de "Sámon" e "Magúrô" pra viagem pra mim.

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  3. To adorando....queria estar ai...mesmo com as atrapalhadas.bjs

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  4. Tia Sonia que esta c/ dificuldade de enviar p/ vc bjks

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  5. Honorável amiguinha, muito honrado lembrança de minha humilde pessoa. Obrigado! rsrsrsrs Tô na cola!

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  6. Lembrou-me a dança flamenca em Valencia essa sua aventura noturna.

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  7. Imagino você doida pra entender as coisas e não conseguir, é algo que "sufoca" mesmo haha! Adorei a foto da entrada do templo, muito bonito!

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