domingo, 29 de junho de 2014

Quinto dia em Tóquio: 24 de junho, terça-feira

O programa do dia foi o parque Ueno, que é enorme, com museus, templos e zoológico. Mas a primeira atração é sempre o metrô: podem me chamar de cara de pau, mas onde mais eu vou encontrar alguém assim andando pela rua? (atenção ao detalhe do fone de ouvido ;) )


Bom, o castigo vem a galope: fiquei tão entretida com flagras, ainda mostrando as fotos pra minha amiga, que passamos umas quatro estações :P Voltamos então para a estação Ueno, que é bem grande e tem estilo mais antigo: 


Aqui, algumas cenas do caminho: 



 O Ueno coen (parque) é um lindo espaço verde, bom para caminhadas, corridas, passeios de bicicleta e mesmo almoço no estilo japonês, com marmita. Fiz poucas fotos com o tablet e mais com a câmera. Esta mostra o Museu Nacional de Tóquio. 


Como dá pra ver, o tempo estava bem fechado, tanto que, quando saímos de lá, chovia e relampejava (aqui parece comum temporal com relâmpagos no meio da tarde). Sobre o museu: ele é gigante também, na verdade um complexo com 3 ou 4 museus. Fomos apenas ao principal, que mostra pintura, escultura, estatuária budista, caligrafia e um pouco da história das diversas eras do Japão. O prédio também é bonito, com escadarias imponentes, mas achei todo o museu (incluindo as obras) mais simples que alguns que já visitei. Quando digo simples, quero dizer mais despojado, menos rebuscado; gosto disso. É uma arte que transmite suavidade e cria uma atmosfera serena, mais propícia à contemplação e à introspecção. 

Mesmo com chuva e trovões, na saída tentamos ir ao Museu de ciência e tecnologia, ao lado, mas estava fechado para manutenção. Nisso já eram mais de 16h e a fome estava grande; decidimos então procurar um restaurante indicado pelo GuideWithMe, Okina An, especializado em soba (um tipo de macarrão). É um restaurante antigo, que conserva o estilo. Mesmo com mapa e ajuda em inglês, andamos muito na chuva pra achar; isso é que enfraquece as férias :p Acabei parando um senhorzinho na rua pra perguntar, e ele nos levou até lá! (mas também entrou e almoçou, pelo menos). A comida estava muito boa! Sopinha quente caiu superbem no tempo chuvoso...



Depois de um café no Starbucks da estação (detalhe: não tinha wi-fi), resolvemos descobrir a Universidade de Tóquio. Como já chegamos lá no final do dia, só deu para fazer fotos com a câmera e, assim mesmo, mal. Alguns detalhes interessantes que percebi: os prédios têm estilo antigo, sóbrio, mas são muito bem conservados e modernos por dentro; havia montes de bicicletas estacionadas em um local próprio, e várias pessoas passaram por nós de bicicleta, com cara de alunos e de professores; o ambiente exterior era calmo e silencioso, mas havia muitas salas acesas; chegamos a ver algo que parecia ser uma aula terminando: um homem mais velho, de blazer, se despediu, e os jovens se levantaram, depois saíram. Conseguimos entrar na portaria de um prédio de economia e ver uma sala em que um pessoal pesquisava no computador; depois, entramos no prédio de Estudos Internacionais - em que as placas eram escritas em japonês, vai entender... Foi pouco tempo na universidade, e já no escuro, mas deu pra gostar. 

Na volta, fotos no metrô - desculpem, mas fiquei viciada nisso. Deixo claro que a intenção não é rir de ninguém, mas apenas fazer o exercício de observar o diferente e incluí-lo na minha percepção. Algumas amostras:


Este é o suporte para bolsas: você não precisa ocupar as mãos nem atrapalhar outros passageiros, basta pôr sua tralha ali em cima (claro, ninguém mexe).


Já chegamos tarde e ainda resolvemos jantar. Rodamos diversos restaurantes perto  do hotel, mas nenhum tinha menu em inglês. Por fim, acabamos em um no qual o prato era escolhido e pago em uma máquina (já disse que aqui há máquinas em todos os cantos? De bebidas, de comidas, de qualquer coisa). Só que... tcharam! Acertou, todas as opções estavam em japonês. Então, apelamos pra dois gringos, meio ruivos, meio louros, que estavam no balcão e pedimos o mesmo que eles: lámen (aqui se diz "rámen", com r de "para") com carne de porco. Rolou um certo medinho de comer isso quase às 23h, mas a barriga ficou satisfeita e tudo resultou bem (puxa, eu sou gulosa mesmo, admito...).



5 comentários:

  1. Talvez não tenha tanto Wi-fi pq todos devem ter 4G em seus tablets e smartphones. Ligação direta! Wi-fi deve estar passando a ser coisa ultrapassada. E a vida passa a ser vista através das telinha, como no mito da caverna.

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  2. Acho q só vc repara na cara dos outros no metrô.

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  3. Oi prima quando por aí andávamos costumávamos procurar restaurante com fotos do menu. Ai o primeiro da tripulação apontava para um prato e o restante dizia as palavras de ordem "the same". Costumava dar certo.

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  4. Sobre as fotos no metrô, você pode fazer uma exposição com esse tema. :-)

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  5. Hummm, esse ramen de porco é muito bom, quando se colocam ovos cruz e os deixam cozinhar dentro da água quente do macarrão, ficam uma delícia!!!

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