Este foi o ultimo dia em Tóquio, e a vontade de ir embora era bem pouca; ainda tanto pra ver e viver... No metrô, mais um pouquinho de observação: no cartaz abaixo, menção à Marubeni, empresa com que meu pai tem contato no trabalho (e uma das únicas informações que entendi :P ).
Nesta foto das pessoas indo trabalhar, um exemplo de algo que vem se tornando bem comum aqui, segundo me contaram: estrangeiros que vêm morar e trabalhar (pelo modo de vestir e de agir no metrô, dá pra perceber que não são turistas).
Outras imagens interessantes: aqui muitos homens usam bolsas que, no Brasil, podem ser consideradas "de mulher"; achei chique e moderno.
Não parece personagem de desenho?
Olha o estilo dos rapazes (e a bolsa também).
Na saída do metrô, no bairro de Marunochi (cheio de prédios de grandes empresas), um mapa - e, novamente, só as proibições estão em inglês. Leia-se: "você não precisa sair do lugar, fique aí e apenas não faça bobagem".
Andando mais um pouco, "museu das comunicações" - ah, então está aí a explicação... enfiaram as comunicação no museu, por isso que não dá para entender nada... :-P (desculpem se estou ficando rabugenta... mas a incomunicabilidade quase total também é uma experiência muito nova para mim, então estou tentando elaborar).
Saímos à procura dos jardins do Palácio Imperial, logo ao lado, em Chyioda. Só é possível visitar o palácio em dois dias do ano, que são o Ano Novo e o aniversário do imperador; portanto, a ideia era ver o entorno e os jardins mesmo. Chegamos a uma das pontas, mais um jardim amplo e lindo na cidade - e aqui vai uma foto em homenagem ao meu amigo fotógrafo Alex Gaudêncio, o mestre dos reflexos:
Entrando nos jardins, minha amiga descobriu um casal de paulistas. Conversamos um pouco e pedimos dicas de passeios; eles sugeriram que fizéssemos um tour em um ônibus aberto em cima, daqueles bem comuns em cidades turísticas, e que visitássemos o Teatro Kabuki-za. Assim, deixamos para ver o palácio depois, durante o tour, e fomos comprar a passagem no prédio da Mitsubishi. No caminho, outra foto-clichê-de-Tóquio, "o antigo X o moderno":
O tour foi muito legal, com passagem por partes bem modernas da cidade, como viadutos, pontes, vias expressas (mas só fiz fotos com a câmera). Porém, descobri que não haveria rota para o palácio, uma pena. Enfim, descemos no teatro Kabuki-za, em que há peças o dia todo, no estilo Kabuki, teatro tradicional japonês. A fachada já é uma atração:
É possível comprar entrada para ver apenas um pedaço da peça, se você aceitar ficar em pé, lá no fundo do teatro (a sala de espetáculos é enorme e altíssima, uns três ou quatro andares). Foi o que fizemos, pois a peça inteira durava em torno de três horas. Porém, me arrependi, pois gostei da experiência. Havia fones de ouvido com explicações em inglês, então eu poderia entender a história. E a movimentação dos personagens, os figurinos, as situações engraçadas me deram vontade de ver o espetáculo todo. Quem sabe quando estiver em Yokohama, que é perto, eu volte aqui...
Depois, fomos esperar o ônibus para continuar o tour. Paramos ao lado dessa sequência de bicicletas - alguém está vendo cadeado aí?
O ônibus demorou, por causa da chuva. Quando chegou, a mocinha informou (via Google Translator!) que o passeio talvez fosse cancelado, por causa dos relâmpagos. Saltamos no prédio da Mitsubishi e fomos esperar a resolução da empresa dando uma volta pela área; atenção ao meu modelito japonês: saia, legging e tênis, com e casaco (que belezura :-P ).
Depois de muito procurar um restaurante, entre tantas opções, acabamos num indiano, bem bonito. Prato vegetariano muito bom, mas com muita pimenta (para mim)...
Realmente, o tour foi cancelado :-( Como não estaríamos em Tóquio no dia seguinte, devolveram nosso dinheiro (todo!). A parada seguinte foi o bairro de Akihaabara, distrito de eletrônicos e bugigangas, o Saara do Japão. Muitas lojas entulhadas, letreiros estranhos, muita gente andando.
Esse lugar também é famoso pelas figuras exóticas que andam fantasiadas; fiz umas fotos com a câmera. Existe também um serviço, digamos, "exótico" (mas acho que não tem a ver com prostituição, antes que façam a inferência): umas meninas bem jovens se vestem de "empregadas" e, segundo cartazes, servem de garçonetes particulares, algo assim. Elas ficavam distribuindo folhetos na rua e, quando tentávamos fotografá-las, se viravam rapidamente, eram espertas. Uma foto em que as roupas lembram as delas - mas que coisa estranha, né... melhor nem saber o que é :-P
Em seguida, fizemos uma caminhada longa em busca da Universidade da ONU e, depois, da Embaixada do Brasil, pelas ruas de Shibuya. Havia muitos prédios grandes e esculturas estranhas.
Custamos a achar a embaixada do Brasil, escondida em uma ruazinha transversal. No caminho, canteiros arrumadinhos à beira de uma avenida larga:
Para encerrar o dia como comecei, cenas no metrô: o estilo do moço e a escada rolante-caleidoscópio: